LOPES, Hernandes Dias. De pastor a pastor: Princípios para ser um
pastor segundo o coração de Deus.
Hagnos: São Paulo, 2008. 167p.[1]
Nesta Obra, Hernandes Dias Lopes apresenta
vários princípios para àqueles que escutam e atendem o chamado de Deus a fim de
serem embaixadores de Cristo na terra. Hernandes fala de pastor a pastores e a
futuros vocacionados ao pastorado. Descreve a importância, a responsabilidade,
o privilégio de ser um anunciador do evangelho, o homem com o posto mais nobre
que alguém pode exercer. Cita, E. E. Bounds, “A Igreja de hoje não precisa de
novos mecanismos ou métodos e sim de homens que deixam ser usados pelo Espírito
Santo”. Esta obra classifica-se em um catálogo sistemático como teologia
pastoral e seu autor é Bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do
Sul, Campinas, são Paulo e Doutor em Ministério pelo Reformed theological
Seminary de Jackson, Mississipi, Estados Unidos. Pastor da primeira Igreja
Presbiteriana de Vitória, Espirito Santo, desde 1985. Conferencista e escritor,
com mais de 100 livros publicados. É casado com Udemilta Pimentel Lopes, pai de
Thiago e Mariana. From 1949 until his retirement
in 1982 Guthrie was lecturer in New Testament studies at London Bible College
(now ), and from 1978 until 1982 he served as
vice-principal of the college.Outras obras de destaque são: Guthrie wrote New Testament Introduction
(1962) and New Testament Theology (1981) which are recognized as
significant books related to the . As Faces da Espiritualidade (2000),
Pai, Um Homem de Valor (2008) e Fome de Deus (2004).
Nesta
edificadora obra, o autor começa relatando profunda
angústia quando diz: “É grito da minha alma e o soluço do meu coração”, e que
ela foi escrita muitas vezes “com dor e até com lágrimas”, tudo isto pela crise
moral em que estamos vivenciando em nossos dias, mas também declara com alegria
e paixão a satisfação de ser pregador do evangelho, consolador dos aflitos,
edificador dos santos e pastor de almas, como uma missão única e abençoada. Na obra, compartilha e exorta de maneira clara que antes de
pastorear as ovelhas de Cristo o pastor precisa pastorear a si mesmo. Que o
pastor não pode ser imaturo e muito menos inconsistente. Que a vida do pastor é
a vida do seu ministério. Relata ainda, pontos importantes da vida de um
pastor, das responsabilidades, funções e principalmente faz um alerta aos perigos
que um pastor enfrenta durante o seu ministério. O
conteúdo deste livro descreve oito assuntos, são eles: Os perigos do pastor, A
vocação do pastor, O preparo do pastor, A vida devocional do pastor, Os
atributos do pastor, Os sofrimentos do pastor, Os compromissos do pastor e por
fim, O salário do pastor.
Neste livro, Hernandes
registra que ao percorrer por nossa nação, pregando em várias localidades, tem
notado como Deus tem usado homens que estão impactando profundamente muitas
vidas, mas por outro lado, tem visto uma crise de identidade pastoral que tem
afetado as estruturas da sociedade. Afirma que a classe pastoral vive uma crise
de descredito, o autor faz um paralelo entre o passado e o presente da imagem
do pastor perante a sociedade, de como o pastor era respeitado e confiável.
Cita ainda que pesquisas recentes feitas no Brasil apontaram os políticos, a
polícia e os pastores como as três classes mais desacreditadas. Mostra uma
clara inversão de valores, uma crise de integridade e identidade, pois os que
deveriam guardar a ética tropeçam nela, afirma.
Por essa razão, o autor
entende que certos pastores ainda não foram convertidos de fato, algo difícil
de compreender, homens que ainda não foram alcançados pelo evangelho que
pregam. Pregam arrependimento, mas ainda não se arrependeram, anunciam a graça,
mas jamais foram transformados por ela, conduzem os perdidos à salvação, mas
ainda estão perdidos, conclui. Outro ponto importante é que existem pastores
não vocacionados no ministério. Este é um tema que não deve ser subestimado,
deve ser discutido, deve ser o vetor que rege as escolhas dos homens. Que a
vocação é a consciência de estar no lugar certo, fazendo a coisa certa e que a
vocação pode ser tanto um pendor como um chamado. Afirma que o dinheiro e o lucro não são vetores das
escolhas profissionais, que o homem não deve buscar cargos e sim identificar
sua vocação no âmbito social e que deve descobrir a real motivação para o
ministério, se é o glamour da liderança pastoral ou se é um chamado interno e eficaz
do Espírito Santo. Cita a obra de John Jonett, O Pregador, sua Vida e sua Obra, que a convicção do chamado e a
certeza da vocação não ocorrem quando vemos todas as portas se fechando e,
depois, contemplamos a porta aberta para o ministério. Vocação é quando você
tem todas as portas abertas, mas só consegue enxergar a porta do ministério.
O autor cita ainda,
vários tipos de perigos internos e externos em que o pastor precisa identificar
em si e em suas ovelhas, afim de não cair em práticas contrarias ao perfil
daquele que é chamado por Deus. A preguiça tem destaque e o apóstolo Paulo é
lembrado quando diz que “os presbíteros que se afadigam na palavra são dignos
de redobrados honorários”. Pois, pastores que fazem a obra relaxadamente jamais
se empenharão em proteger, alimentar e cuidar das ovelhas de Cristo. Buscam o
bônus, mas não querem o ônus, vantagens, mas jamais o sacrifício, são obreiros
relaxados, são pastores de si.
Esclarece o autor
ainda, que em nosso meio é crescente o número de pastores gananciosos focados
no dinheiro das ovelhas e não na salvação delas, mudando muitas vezes a mensagem
para a obtenção de lucros. Outro perigo são pastores instáveis emocionalmente
onde ao invés de estarem sendo pastoreados estão pastoreando. Um pastor sem
equilíbrio pode trazer grandes prejuízos para si, para sua família e para sua
Igreja. Existem ainda, pastores com medo de fracassar no ministério, no
aconselhamento e na administração. O medo é um perigo que vários pastores
carregam em si, o medo de fracassar no púlpito, na obra que lhe foi confiada. O
medo do fracasso, diz o autor, é uma circunstância e nunca uma característica pessoal.
Pastores confusos teologicamente são um perigo para a Igreja Evangélica, pois, o
que cresce nos dias atuais não é o evangelho da salvação e sim o da
prosperidade. Acima de tudo se fala de tesouros na terra e não de tesouros no
céu e que a culpa disso são dos ventos de doutrinas criados por homens sem
temor e cheios de heresias. Pastores mentores de novidades e estratégias
milagrosas, marqueteiros. Pastores que manobram as massas, que estão perdidos e
fazem o povo de Deus errar. E ainda outros que abandonaram a sã doutrina, liberais e
não acreditam que a Bíblia é inerrante e suficiente. São discípulos de Darwin e
não de Cristo. Adotam o liberalismo que é um veneno mortífero para aqueles que
desejam uma Igreja sólida na Palavra. Pastores autoritários que não aceitam ser
questionados. Outros pastores reféns de líderes autoritários e manipuladores,
sobre tudo, na disputa de poder nos postos mais altos da Igreja. Estes líderes
têm dado mais trabalho do que as ovelhas.
Existem ainda, registra
o autor, pastores que se iludem com o ministério, acham que o ministério é um
mar de rosas, um parque de diversões. Hernandes mostra que é justamente o
contrário, que quem entra para o ministério precisa estar consciente das
pressões, desafios, guerras que acontecem no dia a dia. Devem entender que ser
pastor é investir em vidas e isso é cansativo e quase sempre sem
reconhecimento. O pastor deve estar muito atento para os perigos de cuidar dos
outros e de descuidar da sua família e que, por esta razão, muitos estão com o
casamento destruído no ministério. À distância ou o abismo que existe entre o
púlpito e o lar tira do pastor a unção de exercer o ministério com fidelidade e
eficácia. Que se o pastor não for benção dentro de casa não o será também no
púlpito. Que a família é o primeiro rebanho do pastor.
Outro ponto é que
existem pastores descontrolados financeiramente no ministério. O pastor deve
ser um homem irrepreensível e o que autentica o trabalho do pastor no púlpito,
no gabinete pastoral e nas demais áreas do ministério é a sua integridade
moral, sua piedade e sua responsabilidade administrativa, considera o autor. O
pastor não deve ter pendência financeira na praça, não pode estar envolvido com
dívidas, ser irresponsável com seus compromissos financeiros. Destaca ainda, o
perigo de comprar o que não precisa, com o dinheiro que não tem, para
impressionar pessoas que não conhecem, haja vista que vivemos em uma sociedade
consumista, finaliza.
Hernandes relata que
muitos pastores estão em pecado no ministério, o autor revela que não há nada
mais perigoso para a vida espiritual de um homem que se acostumar com o
sagrado. Fazer a obra de Deus, mas não viver para Deus. Que o ministro infiel é
pior do que um incrédulo. Cita Charles Spurgion onde afirmava que “um ministro
sem piedade é o maior agente do diabo em uma igreja”. O autor expõe que o
pecado do pastor é mais grave, mais hipócrita e mais devastador do que o pecado
das pessoas. Que cresce, de forma espantosa, o número de pastores com
envolvimentos sexuais ilícitos nas Igrejas, as estatísticas são inacreditáveis,
observa o autor. Também que muitos obreiros já perderam a sensibilidade
espiritual e o temor a Deus por estarem vivendo na prática do pecado e, ao
mesmo tempo, pregando, ministrando a ceia e aconselhando os aflitos. O autor
termina chamando os líderes ministeriais por um novo tempo de restauração,
tempo de pastores se humilharem e se arrependerem e clamarem a Deus por uma
visitação do céu em suas vidas.
A obra é bem profunda
nas questões crucias da vida de um pastor, esclarece com propriedade os
assuntos apresentados. São problemáticas
atuais que o autor torna evidente através de uma linguagem clara, simples e direta. Não há duvida de que traz a todo pastor, um momento de
reflexão e de busca a respeito da essência do seu chamado.
O referido livro deve
ser recomendado para todo aquele que tem um chamado ministerial e que precisa
identificar e evitar em sua caminhada os espinhos, as barreiras, os perigos. Por
outro lado, a obra esclarece de que forma um homem de Deus deve agir para que
seu ministério venha a crescer de forma sadia e de acordo com a vontade de
Deus. Destaca-se pelas características do caráter de Cristo, uma vez que sem ele,
nada poderá se fazer para agradar o coração do Pai.
Caro resenhista e amigo, Fred amei a escolha desta obra, e ainda estou esperando o empréstimo da mesma. kkkkkk Também quero registrar aqui minha satisfação em ver a mudança da sua foto, num look bem mais feliz, kkkkk. Seu texto está ótimo, só precisa praticar mais, aguardando novas postagens ( poste também a outra resenha, tentando reduzir mais seu texto ). Congratulações por seus resultados !
ResponderExcluirProfessora muito obrigado. Em breve estarei de volta. Saudades de todos.
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